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O próximo lançamento da Editora Mourthé será no dia 20 de maio de 2014 na Livraria Cultura em Recife.
Livro: Oropa, França E Bahias…
Autor: Almeri Bezerra de Mello
APRESENTAÇÃO
Oropa, França e Bahias…
A última volta que fiz por tão velhas plagas – faz pouco mais de um ano – me trouxe a memória de tantas pequenas histórias que só contei em parte para a minha família, amigos e companheiros. Eles já navegaram comigo “Para Além dos Verdes Mares” e são convidados agora a palmilhar de novo as “muitas ruas e vielas” do exílio, nesta nova coletânea de recordações.
Cismando e olhando o mundo todo que eu descortino do terraço da minha casa, na cidade alta de Olinda, pensei: será que exílio dá samba?
A pergunta eu a fiz em sonho, ao meu irmão poeta, cordelista e músico de muitos ritmos e instrumentos. A resposta foi pronta e intempestiva: “Dá sim!” Você não está lembrado do Crioulo da Mangueira, exilado por imposição dos militares da época, em Minas Gerais e mais precisamente em Diamantina?
Condenado por desconhecer a verdadeira história do Brasil. Que horror! Para se redimir, ele concebeu um “Samba do Exílio” que a crítica literária reacionária da época, batizou de ”Samba do Crioulo Doido” Batizou e, sem o querer, consagrou!
O que se sabia antes disto é que o exílio havia dado e daria ainda muitas canções, na esteira das muitas que começaram com Gonçalves Dias – Canção do Exílio – seguido por Carlos Drummond – Europa França e Bahia, de Ascenso Ferreira – Oropa França e Bahia – e lá vai, passando por Murilo Mendes, Guilherme de Almeida, Alceu Valença, terminando até ontem, por Jô Soares, seguido por esta minha Oropa , França e Bahias – de muitos sonhos e de muitas lembranças… que os anos não trazem mais, a não ser na forma deste memorial de papel.
No samba- enredo de 1970, da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, há este canto: “o dote que eles (o rei) me dava: Oropa, França e Bahia”. Pois eu ganhei esse dote, ampliado em muitas Bahias, que se agregaram a minha Europa e a minha França no Exilado e cidadão do mundo. O samba termina com este verso que justifica este livro; “É tempo de amar o que se amou” – gente, lugares, viveres…
Almeri Bezerra de Melo. Olinda, set. de 2014
O Autor:
ALMERI BEZERRA DE MELLO nasceu em 1927 em Escada/PE.
Exerceu diversas atividades em vários países.
– Professor Universitário e Assistente da Juventude Universitária Católica – JUC.
– Participante do Movimento de Educação de Base – MEB – e do Programa Estadual de Alfabetização de Adultos (Método Paulo Freire)
– Secretário do SEC – Serviço de Extensão Cultural da Universidade do Recife.
– Assistente do Centro de Relações Interculturais de Cuernavaca – México.
– Diretor de programas de alfabetização de adultos na Argélia e na Angola.
– Administrador de programas da UNICEF em Angola e no Senegal e mais todos os Países da África Ocidental
Publicações:
Colaboração em jornais, revistas e livros, com estudos e artigos publicados no Brasil, Uruguai, Canadá, México, Itália, França, Alemanha e Inglaterra.
Alguns títulos:
– “Due Miliardi de Affamati.” Ed. Mondadori, Milão 1968.
– “ Cristentum und Revolution. In Diskussion zur Theologie der Revolution”.
Munique, Alemanha 1969.
– “Chi a paura di Camillo Torres?” Ed. Queriniana, Brescia 1969.
– “Fede Cristiana y contesta estudiantil.” Montevideo, Uruguai 1969.
– “Un sénégalais sur deux.” Dakar, Sénégal.
– “ Meninos e Delinquentes.” Recife, 1995.
– “Infrator, Infratores.” Ciela, Recife, 1995.
– “Para além dos verdes mares.” Ed.Massangana. Fundação Joaquim Nabuco. (2ª Ed. 2013)
– “Confissões de um avô.” Ed. UFPE – Recife/PE 2010.
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