Esse post foi publicado 06 de outubro de 2018 às 13:59 e está arquivado em Textos. Você pode acompanhar quaisquer respostas a esta entrada através do RSS 2.0 feed. Você pode deixar uma resposta, ou trackback de seu próprio site.
Em defesa da vida e da dignidade humana
Arnaldo Mourthé
Esta nossa eleição não é como as outras que conhecemos. Não se trata apenas de uma disputa entre setores da sociedade, representados por correntes políticas ou partidos, por esse ou aquele interesse, em um quadro de estabilidade aceito pela maioria da população. Ela trata de questões mais profundas, de direitos fundamentais do ser humano, dos quais destacamos os direitos à vida, à liberdade e à igualdade, dentre muitos outros.
Estamos ameaçados de perdermos conquistas ancestrais, ensinadas pelos grandes pensadores e líderes religiosos da antiguidade, além daquelas republicanas com origem há quase três milênios no mundo helênico, no Mar Mediterrâneo. Tudo isso em nome de uma Ordem, que se revela em desordem e violência, e um Progresso, que só serve aos poderosos, enquanto espalha a miséria, a ignorância e o sofrimento para a maioria da população. Os brasileiros obtiveram grande parte dessas conquistas em período muito curto, da Revolução de 30 até o golpe de estado de 1964. Dentre elas o voto feminino, as leis trabalhistas e sociais, a Justiça Eleitoral, a escola e a saúde públicas de boa qualidade e as indústrias de base estatais que impulsionaram a economia brasileira, mas que agora vêm sendo privatizadas a preço de banana, como se nós brasileiros não fôssemos competentes para nos autogovernar.
Esse risco enorme tem como única justificativa a figura da corrupção, praticada pelas próprias elites que, a título de combatê-la, querem demolir nosso Estado e destruir nossa Sociedade. Isso se chama fascismo, sistema político antidemocrático criado por Mussolini, que inspirou Hitler, na Alemanha, Franco, na Espanha e Salazar, em Portugal, cada um com suas características próprias, mas todos opressores, genocidas e causadores de guerras que continuam na nossa triste memória. O nosso fascismo tem um componente pior que os citados acima, ele é contra a Nação brasileira. Denigre nosso povo e suas origens. Despreza as mulheres e nossa diversidade cultural, abre nossas fronteiras à espoliação estrangeira. Além de retrocesso histórico é perverso, mergulha a Nação no obscurantismo e na violência.
Mas, não é preciso desesperar por causa de tudo isso. As crises são também momentos de oportunidades. Você, caro concidadão, pode, com seu voto, mudar tudo isso nos dois turnos desta eleição, derrotando o candidato fascista, basta escolher corretamente, no primeiro turno, o candidato que derrotará o fascista no segundo turno. Somente um deles tem condição de fazê-lo. Seu nome é Ciro Gomes, o número 12. Quem diz isso são vocês mesmos eleitores, através das pesquisas de intenção de votos. Mas é preciso que ele chegue ao segundo turno para derrotar o fascista. O outro candidato, mesmo que seja de sua preferência, perderá a eleição. Nesse caso seu inimigo alcançará o poder. Depois disso só apelando a Deus, porque você não fez sua parte na defesa de sua família, de seu povo, de sua Nação. Não se deixe iludir pela paixão. Se você quer justiça para com seu líder, o caminho é um só: derrotar o fascista.
Nunca um povo teve a oportunidade de resolver seu destino com apenas seus votos. Seja inteligente e leal para com os seus. Derrotemos o fascista para construirmos uma nova sociedade de Paz e Fraternidade no nosso querido Brasil.
Rio de Janeiro, 06/10/2018.
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