Esse post foi publicado 10 de outubro de 2018 às 10:18 e está arquivado em Textos. Você pode acompanhar quaisquer respostas a esta entrada através do RSS 2.0 feed. Você pode deixar uma resposta, ou trackback de seu próprio site.
Onde estará nossa consciência?
Arnaldo Mourthé
Mergulhamos no mundo do caos. Lá se foram as referências que nos orientavam. Esta é apenas uma situação de transição, rápida, pois o caos não tem sustentação. Preparemo-nos para mudanças. Mas que mudanças? Há algumas opções. Uma está clara, o retorno ao reino das trevas, a maior expressão saída das urnas do dia 7 de outubro. A porta de retorno à barbárie está aberta. Aqueles que querem viver o mundo da violência e do egoísmo já têm um portal para entrarem. Boa viagem! Não faltarão emoções, medo, ódio, angústia, disputas diversas, dominadores e dominados. O amor será um luxo. Será o império da lei do mais forte, onde a guerra será a glória para o vencedor. Ai dos vencidos! Esse portal convida-o para a aventura, com bilhete de ida, mas sem retorno previsível. Atenção para os riscos!
Haverá também outro portal. Este de luz, para aqueles que preferem o amor, a paz e a fraternidade. Mas seu acesso é individual. Cada um de nós deve abri-lo dentro de si mesmo. Ele estará à nossa disposição, mas só abrirá para aqueles que praticarem o amor ao próximo, ou incondicional. Muitos poderão ajudá-lo a encontrá-lo, mas ninguém está credenciado a empurrá-lo para dentro dele. A escolha é sua. Ele é a opção pela liberdade, sua e do outro.
Na primeira opção você terá sua oportunidade de aprender aquilo que lhe foi oferecido nesta sua aventura no planeta Terra, mas você a perdeu porque seu egoísmo não o permitiu reconhecer o direito do outro e o amor ao próximo. Você se fechou no seu mundinho mesquinho e permitiu que a miséria, a ignorância, o sofrimento, a violência se abatessem sobre tantos outros. Isso deformou a sociedade, fez prosperar a desigualdade e a opressão a ponto do Planeta não resistir a todos seus descalabros. Ele adoeceu e reagiu febrilmente a tanto descalabro, expulsando de dentro de si os males que lhe foram impostos pelo egoísmo e desatinos dos humanos, contra seus semelhantes e contra a Natureza. Seu equilíbrio precisa ser restabelecido. Para isso é necessária a paz entre os homens, que só será possível através da prática do amor e da fraternidade.
O quadro caótico que agora atravessamos é consequência dos nossos desatinos no descumprimento dos princípios e leis que regem o Universo. Não vem ao caso nesse artigo aprofundarmos sobre essa questão, pois isso não nos permitiria complementar nosso raciocínio na análise objetiva do momento que vivemos no Brasil. O fenômeno que ocorre aqui também se apresenta pelo mundo afora, conforme as condições objetivas de cada país ou região pelas mais diversas razões, inclusive culturais. Nossa análise se limita a nós mesmos, por conhecermos melhor nossa realidade, diferente para cada povo e nação.
Chegou a hora da verdade, caros amigos. Ela se revelará plena e claramente, de forma insofismável, mas poderá ser tarde demais para muito de nós, mergulhados em nossos pequenos e grandes vícios, levando vidas perdulárias e desrespeitosas para com os outros. As eleições que estamos assistindo são a exacerbação de nossas práticas sociais mais perversas, originárias de um modelo de exploração colonial predatório e escravista. Cada dia ele é mais predatório e espoliativo. A escravidão formal vem sendo substituída por uma sociedade de excluídos, que faz do nosso trabalhador um escravo do interesse financeiro do patrão sem rosto nem identidade conhecida, e descartável por não custar nada ao empregador. Cada um de nós é submetido à espoliação mais deslavada, por pessoas que nem conhecem nosso país. Pensem nisso.
Aqui cabe uma pergunta. Como foi possível alcançar esse grau de degradação? Ocorre que a humanidade vem sendo submetida há milhares de anos a condições de dominação e/ou de escravidão, através do poder originário da propriedade da terra e de meios de produção, acompanhado de mitos e dogmas que lhe foram incutidas através de ilusões e mentiras criadas para impedir que ela tomasse consciência da realidade. Os instrumentos foram os mais variados ao longo da história. No presente, esse trabalho é feito por um complexo de meios de comunicação que envolve a mídia, a escola, o poder estatal constituído, doutrinas viciosas e até as religiões. O poder constituído, e o oculto que tudo domina, conta com instrumentos poderosos de controle da nossa mente e de repressão, dentre os quais os institutos de pesquisa que acompanham a evolução de nosso pensamento, os serviços de informação, as polícias e as forças armadas.
O descalabro a que chegamos ocorreu pelo egoísmo sem limites manifestado no poder, hoje concentrado no capital financeiro internacional. Tudo é decidido, em última instância, por um pequeno grupo de pessoas organizadas em sociedades secretas. Esse grupo que produziu as grandes guerras mundiais, e de dominação pelo mundo afora, administra uma fortuna que, em dezembro de 2015, equivalia a 2,55 vezes o PIB mundial, segundo levantamentos do FMI. Essa era a soma das dívidas públicas e privadas no mundo. Esse valor só cresce. Na iminência de um colapso financeiro mundial seus chefes arquitetaram um mundo totalmente sob seu controle. Toda a geopolítica mundial gira em torno desta questão, que não vem a público tão claramente pelo temor, ou interesses, dos que a conhecem. Estamos vivendo sob um regime do medo, o terror das sombras.
Levando-se em conta essas informações, muitas coisas ficam esclarecidas, inclusive o comportamento dos últimos governos do Brasil que o colocaram na condição de não poder honrar seus compromissos financeiros, mesmo destruindo os serviços públicos, levando a população à miséria e alienando nossos patrimônios público e privado, a título de reparar o irreparável. Essa situação virá a público com um governo democrático que terá de explicar com todas as letras esses fatos macabros. O colapso financeiro será inevitável. Bancos serão fechados, e bilionários irão para a cadeia. Por isso eles estão tentando eleger um maluco, violento e preconceituoso, presidente da República. Sem nossa liberdade eles terminarão sua obra macabra, transformando o celeiro mundial que é o Brasil em colônia. Em seguida viria a América do Sul e depois outras regiões. Uma demência inacreditável, mas que pode ser conhecida através da pesquisa, até mesmo pela internet. Quase todos esses dados estão lá.
A eleição de 2018 para presidente da República é uma fraude do capital financeiro internacional para dominar o Brasil pela via da nossa complacente democracia dos banqueiros. O alerta está feito. Se elegerem o Xerife para armar os seus e liquidar seus adversários, se assim ele considerar necessário, a catástrofe será completa. Depois disso só nos restará clamar aos Céus.
Rio de Janeiro, 09/10/2018.
05, maio 2022 11:36
13, novembro 2021 12:56
09, agosto 2021 12:10