Esse post foi publicado 15 de dezembro de 2017 às 14:21 e está arquivado em Textos. Você pode acompanhar quaisquer respostas a esta entrada através do RSS 2.0 feed. Você pode deixar uma resposta, ou trackback de seu próprio site.
A questão do poder
Por Arnaldo Mourthé
Nossas vidas estão condicionadas à natureza do poder que nos rege. Desde criança esse poder é exercido sobre nós por nossos pais e os outros membros da família, nossos primeiros contatos com esse mundo. Esse é um poder legítimo, necessário à nossa segurança para que possamos sobreviver, crescer e aprender o que é preciso para continuar com a existência humana, em harmonia com nosso meio social e nosso habitat. Entretanto, o fato dele ser legítimo não obriga que ele seja justo, ou mais adequado para nossa evolução. Somos ensinados a fazer, quase sempre da forma mais honesta, aquilo que nossos pais ou parentes mais velhos consideram o mais correto. Eles querem que façamos aquilo que a sociedade de nossa época considera correto para, assim, termos uma existência mais tranquila e feliz. Isso permitiria nossa realização pessoal, convivendo e trabalhando como os outros ou, se formos criativos, melhor que eles.
Esse quadro de conhecimentos que nos acolhe para que sejamos um ser sociável, chama-se cultura. Cada povo tem sua cultura, que o caracteriza. Nas grandes nações, há etnias ancestrais que formam uma diversidade cultural. No Brasil, um país de migrantes, além das etnias nativas, impõem-se formações sociais regionais diferenciadas por miscigenação, atividade econômica e relações de trabalhos, em um quadro diversificado por migrações várias. Mas há sempre uma cultura dominante em uma Nação. Ela dá uma forma e uma natureza à sua sociedade.
Ao longo da história há uma evolução natural de cada cultura, com o aumento de seu conhecimento e de seus relacionamentos com outros povos. Às vezes isso si dá por saltos: um surto extraordinário de progresso ou uma revolução. Numa e outra situação há uma alteração acentuada na cultura, que pode ser avaliada como evolução ou como regressão. A história está cheia desses exemplos, que os historiadores registram, mas nem sempre com o mesmo enfoque. O que para um pode ser evolução, para outro pode ser regressão. Fica aqui esse registro, porque a história é construída e interpretada de várias maneiras. Sobre essa questão formam-se opiniões, teorias, ideologias.
Mas esse embate não é parecido com a evolução da Natureza, que obedece a leis precisas, enquanto está submetida a condições cósmicas, pois nosso Planeta não está só no Universo. As transformações na Natureza, como a evolução das espécies e os fenômenos naturais, que eventualmente são catastróficos, são consequências de suas leis generosas, que criam e velam pela vida, mas também implacáveis, porque incorruptíveis.
A história da humanidade foi construída pela evolução natural, consubstanciadas na aquisição de conhecimentos e na produtividade do trabalho, assim como pelos conflitos de interesses entre indivíduos e comunidades, que evoluíram construindo organizações sociais cada vez mais complexas. Nesse processo chegamos às civilizações, marcadas por conflitos de toda ordem, por territórios, riquezas diversas e a impulsão para a dominação do mais fraco. Sempre com o uso da força, camuflada pelo racionalismo, que justifica a ideologia.
A ideologia é a racionalização dos interesses de um grupo social. Quanto mais estruturada for a sociedade, em castas ou classes sociais, maior o peso da ideologia no comportamento de seus membros. Em resposta a uma ideologia dominante, surgem outras ideologias, que podemos dizer defensivas, de setores da sociedade menos agraciados pelos valores que ela considera como principais. Dessa forma, ao longo da história, várias formas de conflitos de interesses desenvolveram ideologias diferenciadas, cada uma delas defendendo interesse de castas, classes e corporações. Em tempos antigos, visava-se a posse da terra, as chefias de natureza diversa, o controle do conhecimento e das religiões. Na nossa modernidade, na era da indústria e do conhecimento tecnológico, a questão principal é a posse da riqueza, representada por direitos de propriedade, pelo lucro nas atividades produtivas e, mais recentemente, no rendimento do dinheiro, através da produção ou independente dela. Essa última condição é hegemônica quando se trata do poder que hoje impera no mundo.
Nós estamos vivendo um processo de disputa de poder catastrófico, com a tentativa dos detentores do dinheiro de dominar sistematicamente a sociedade humana. Nesse processo estão sendo demolidas, ou se pretende demolir, todas as conquistas da humanidade, no que diz respeito a direitos das pessoas. Sejam os direitos inatos, como a liberdade e a igualdade, essência das pessoas e das nações, como os civis e os sociais, que definem nos nossos dias o sistema republicano. Mas, de que vale esse poder? Nossa civilização, capitalista industrial, conseguiu um grande progresso material, obtido através da espoliação dos trabalhadores, das nações e das conquistas científicas. Mas não foi a burguesia capitalista que criou e desenvolveu a ciência. Ela simplesmente se apropriou das conquistas científicas para aumentar sua dominação sobre as pessoas e as nações.
A burguesia capitalista, de fato, incentivou a criação de tecnologias através de investimentos e financiamentos. Mas ela também conduziu esse processo com o objetivo de obter mais lucros e não de satisfazer as necessidades humanas. O grande motor desse desenvolvimento não foi o de melhorar as condições de vidas das pessoas, ou minimamente garantir sua preservação. Pelo contrário, ele foi a destruição, especialmente através da guerra, que vitimou centenas de milhões de pessoas, entre mortos, feridos e refugiados. A ciência foi criada para o desenvolvimento do homem. Mas sua utilização ganhou outro sentido. Tornou-se instrumento de manipulação de pessoas e de nações, tornando-as dependentes e impondo-lhes condições sociais deprimentes.
Esse poder está com seus dias contados com a Nova Era da 4ª Vibração. Nela o poder será de outra natureza. Como no uso das forças da Natureza, que só pode ocorrer com nosso conhecimento, empírico ou científico, nas novas condições vibracionais da Terra, o poder de natureza social só poderá ser exercido pelo conhecimento das Leis Espirituais. Ele se exercerá apenas através dos pensamentos, palavras e ações que sejam perfeitamente sintonizadas com elas. Não haverá lugar para o egoísmo, a mentira, o desrespeito à pessoa ou à Natureza. Da mesma forma que a Natureza pune aqueles que desrespeitam suas Leis, as Leis Espirituais punirão aquele que as infringir. É aplicada a Lei do Retorno, semelhante à terceira lei de Newton que diz: toda força (ação) gera outra força igual e oposta (reação).
Os esforços realizados pelos “todo poderosos” do mundo, donos do dinheiro, para ampliar sua dominação sobre o Brasil e sobre o Mundo, serão desmantelados pelas Leis Espirituais que já vigoram na Terra nesse momento. Eles ainda criarão muitos conflitos e gerarão muitos sofrimentos, mas serão aniquilados, na medida em que as pessoas tomem consciência de seu poder de intervenção sobre o ambiente social e, até mesmo, o físico, usando o seu poder do pensamento e da vontade.
Cabe exclusivamente a cada um de nós cidadãos, pessoas humanas, detentoras de direitos, e imbuídas de deveres, mudar esse quadro dramático, criado pelo egoísmo de um pequeno grupo de pessoas e seus sequazes, impondo a submissão e o sofrimento aos seres humanos que hoje vivem na Terra.
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