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02, abril 2018 9:43
Por admin

Ao combate contra o capital financeiro internacional

Que haja a ressurreição da Nação brasileira

Arnaldo Mourthé

Nós, o povo brasileiro, estamos envoltos em uma trama de contradições. Não se trata da simples dualidade que a filosofia analisa através da dialética. Somos submetidos, pela propaganda destorcida, a um bombardeio de falsidades que cria em nossas mentes um mundo de ficção. Uma ficção perversa, que desperta em nós sentimentos negativos. Estamos sendo levados ao confronto com nossos irmãos em nome de supostas “verdades” cunhadas para nos desorientar e quebrar nossa união de membros de uma mesma comunidade, nossa Nação. Perdemos o senso da busca das nossas realizações sonhadas na infância e na adolescência, para nos digladiarmos, uns contra os outros, em torno de nomes que pouco ou nada representam, se nossa visão se coloca à altura de nosso país, do Brasil, nossa Pátria. Queremos punir nossos supostos adversários. Que o sejam, mas eles não são os principais. Todos aqueles que aparecem nos noticiários, independente da sua importância ou natureza, não passam de bonecos manipulados em um teatro de fantoches. Os autores e os manipuladores do espetáculo não aparecem ou são negligenciados. Esses, sim, são os responsáveis primeiros da nossa tragédia social e nacional.

Mas quem são eles? Eles são os chefes das quadrilhas do capital financeiro internacional ou seus serviçais, pelo mundo afora. Eles são parte de uma organização criminosa que vem administrando aquilo que chamam de “civilização ocidental cristã”, mas que nada tem de cristandade. São criminosos, que construíram o colonialismo, a escravidão de africanos, e as guerras que destruíram nações e trouxeram o sofrimento para bilhões de seres humanos. Seu projeto atual é a conquista do mundo, através do dinheiro sem lastro ou fictício obtido fora da produção de mercadorias. Eles são um câncer que vem corroendo todas as tentativas de uma verdadeira civilização, que precariamente vinha sendo construída a partir dos princípios republicanos.

Mas que princípios são esses? São aqueles que decorrem das condições essenciais da existência humana com dignidade: a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade, sobre as quais já me reportei em outros textos, de livros e artigos. A instituição republicana define as condições necessárias de uma civilização humanizada.  Elas se fundam na Soberania do cidadão que a confere também à Nação por meio de um Contrato Social, que apelidamos de Constituição. A divisão de poderes refreia a tendência dos homens egoístas, que porventura assumam o poder, a praticar a tirania, como ocorre no Brasil. No Brasil não há mais divisão de poderes. O Executivo e o Legislativo apenas obedecem a seus corruptores. Essa verdade se manifesta em muitas medidas contra o povo e contra a Nação desse governo impostor que aí está. Há muito mais o que falar sobre essa questão, mas não cabe em um simples artigo.

A política desse governo impostor é a destruição da República, pois ela é incompatível com a rapinagem praticada pelo mercado financeiro. Eles tentam construir uma tirania. Mas, para isso precisam dominar o Brasil. Não o podem fazer pela invasão militar, como já fizeram no passado em muitos lugares, especialmente criando as antigas colônias por toda parte. Já não têm força para isso. Precisariam de uma poderosa nação militarizada capaz de submeter o mundo. Entretanto eles não dispõem disso. Muito se fala, e se falou mais ainda no passado, das nações imperialistas. Elas de fato existiram e ainda existem. Construíram seus impérios de forma brutal e sanguinária. Mas isso não é mais possível.

O novo poder imperialista, desde o final do século XIX, é o do “mercado financeiro”, que se encobre de várias maneiras para ocultar sua perversidade. Ele produziu centenas de guerras, para viabilizar sua rapina, e as debitou às nações que guerreavam entre si. Agora já não têm nenhuma nação para travar novas guerras por ele. Todas são espoliadas, através das dívidas públicas, para cobrir o custo das guerras que produziram centenas de milhões de vítimas. Foram mortos, feridos, refugiados ou que tiveram suas propriedades destruídas. No Brasil sua ação nefasta está destruindo nossa Nação. Por isso ele está sendo desmascarado por nós. A população começa a tomar consciência de que a fonte de todo o mal que nos atinge está nele, no seu egoísmo, na sua desumanidade.

Desesperados, os donos do dinheiro, através de seus lacaios do governo de impostores, estão tentando levar o povo brasileiro a um grande conflito, passível de se transformar em guerra civil. Isso lhes daria um motivo para a implantação de uma ditadura, sob sua absoluta tutela. Esse motivo seria o restabelecimento da ORDEM PÚBLICA. Já começaram a colocar em prática seu plano macabro. Mas, para restabelecer a ordem é preciso a desordem. É o que estão fazendo. Suas armas principais são o dinheiro que corrompe e a propaganda, também feita através do dinheiro, que sustenta a suntuosidade da televisão brasileira e nos ilude. O dinheiro já vem escravizando a população mais pobre, através da inadimplência incentivada por empréstimos, a quem não tem condição de resgatá-los, e dominando o Estado através dos juros da dívida pública, que já consomem 50% do orçamento da União e a obriga a emitir novos títulos no mesmo montante. Se a União fosse pagar todos os juros em dinheiro não sobraria recursos nem para remunerar os funcionários que o arrecadam e transferem o dinheiro dos que produzem para os vampiros, que sugam nosso sangue.

A partir dessas informações podemos compreender as causas da intervenção militar na Segurança Pública do Rio de Janeiro. Querem produzir um conflito entre a população e as Formas Armadas, que tentarão transformar em guerra civil que desmantelaria a Nação e permitiria seu controle pelos senhores do dinheiro. Mas esse plano é louco e descabido. Mesmo assim estão levando-o para frente. Incentivam o ódio, e usam para isso os pobres que vendem droga para sua sobrevivência e suas comunidades de origem, e os políticos ambiciosos que querem manter-se na “luz da ribalta” ou escapar da cadeia. Muitos deles ocupam cargos nos altos escalões da República. Esses são aqueles que defendem as castas originárias de uma cultura escravista – como bem definiu Darcy Ribeiro – e outros que caíram na tentação do dinheiro da corrupção, vendendo nossa Soberania, nossa saúde e nossa educação, e ainda grande parte do nosso patrimônio público e privado de cidadãos brasileiros.

Será se nossos militares se deixarão manipular por esse governo desmoralizado? Eles que honraram o Brasil defendendo sua soberania e a liberdade da humanidade com a FEB, sob o governo Vargas, se deixarão envolver no absurdo de voltarem a serem instrumentos de repressão do nosso povo mais humilde, depois de o terem feito, a partir de 1964, em nome do combate à “subversão comunista”, como coadjuvante de outra farsa, chamada “Guerra Fria”? Pois, fazer do tráfico de drogas o maior problema nacional é uma farsa, também criada pelo capital financeiro internacional. O crime organizado, que precisa ser combatido, não está no varejo da venda de drogas nas favelas. Todos sabem que isso só existe porque há uma central criminosa que produz e trafica droga, antes dela entrar no Brasil, e também armas que sustentam a violência dentro ou fora das favelas. Atrás de tudo isso está o verdadeiro crime organizado, o capital financeiro internacional, que hoje opera no Brasil através do Palácio do Planalto. Lá, sim, está a sede do crime organizado que vem desmontando nossa sociedade e a Pátria brasileira.

Façamos uma reflexão, hoje, quando reverenciamos a Ressurreição de Jesus de Nazaré. Por que não tratar também da ressurreição da Pátria brasileira. Da nossa cultura, de nossos valores, da nossa dignidade. Porque, sem esses preceitos não teremos uma Pátria, nem seremos um povo. Façamos hoje um apelo àquele que reverenciamos para acolher nossos pleitos. Não estamos pedindo nada impossível. Queremos ser nada mais do que somos e viver em paz na nossa terra. Muitos de nós, talvez a maioria, somos descendentes daqueles que aqui habitam há dezenas de milhares de anos. Quem poderia negar nossa capacidade de viver com honra e dignidade? Esse não conhece minimamente nossa história, nem nosso povo. Mas, nem a esses negaremos nosso perdão. Afinal, hoje é dia de RESSURREIÇÃO.

Rio de Janeiro, 01/4/2018.

27, março 2018 5:36
Por admin

Queremos uma sociedade de Paz e Fraternidade

“Querer é poder”

Arnaldo Mourthé

Estamos vivendo um momento de estranha calmaria social, com pequenas turbulências, produzidas pelo poder e pelos marginais que esse e outros poderes que o antecederam criaram. Nossa sociedade virou um teatro, melhor dizendo, um grande circo onde uma plateia perplexa assiste a um espetáculo de bufões, ora rindo, ora vaiando, raramente aplaudindo, pois decepcionada com o desempenho dos “artistas” do picadeiro suntuoso, mas decadente.

O espetáculo cai nas raias do ridículo quando o presidente da República se lança candidato, tendo mais de 70% de desaprovação contra 5% de apoio. E tenta convencer seu ministro das finanças a ser seu vice, logo ele que exigiu a destruição dos direitos dos trabalhadores, tentou destruir a Previdência Social e paga todos os dias dois bilhões de reais aos banqueiros, metade em dinheiro vivo, arrancado de uma população carente, e metade em novos títulos da dívida pública que só cresce e faz crescer a sangria da Nação.

A encenação envolve a grande mídia, que esconde a verdade e falseia informações, em retribuição à farta publicidade dos bancos, e das empresas estrangeiras e do agronegócio, que exportam produtos primários, dentre os quais o alimento que falta aqui para o pobre, arrecadando dólares que nem chegam a entrar no país, pois em grande parte é destinado a transferir lucros do capital estrangeiro obtidos em negócios e nos juros das dívidas pública e privada. Essas sangrias dos cofres do Estado e da Nação levam a duas consequências imediatas: à demolição do aparelho de Estado e dos seus serviços, e à alienação de estratégicos e valiosíssimos patrimônios públicos, o que faz do capital estrangeiro o maior poder no Brasil, inclusive maior que o Estado, pois o controla através da corrupção de governantes.

Essa é a sociedade que temos. Um amontoado de pessoas trabalhando, diuturnamente, quando conseguem emprego, para sobreviver e alimentar os cofres públicos com mais de um terço do nosso Produto Interno Bruto. Dos cofres da União escorrem metade de tudo que é arrecadado para distribuir aos bilionários daqui e do exterior, enquanto o buraco por onde vazam esses recursos só cresce com o aumento da dívida pública, em mais de 10% ao ano.

Essa sociedade, além de já injusta, está se tornando mais perversa. Ela se desmantela em um processo de regressão jamais visto na história da humanidade. Mas isso não acontece por acaso, nem é um fenômeno histórico recorrente como as crises anteriores do capitalismo, que trouxe sofrimento, não apenas pelo desemprego, a miséria e a fome. Pois elas foram a força motora de todas as guerras que aconteceram na Europa a partir de 1810 e depois se espalharam pelo mundo em guerras coloniais, culminando com as duas guerras mundiais do século XX.

O que estamos assistindo no Brasil é algo mais devastador. É uma ocupação maquiada por diversos artifícios, inclusive de alta tecnologia, que visa a dominação completa do Brasil tornando-nos uma colônia de novo tipo, uma colônia do capital financeiro, onde tudo pertence a poucos e a grande maioria da população será mão de obra mal remunerada numa sociedade de apartheid social, muito mais  cruel que o da África do Sul ou que a escravidão brasileira. Na sociedade escravista o senhor via o escravo como seu patrimônio e como tal cuidava dele, mantendo-o vivo e em condições de trabalhar para fazer crescer sua riqueza. Na que se pretende criar nem todo trabalhador será empregado. Restarão milhões como já existem, jogados à marginalidade pelo desemprego, para competir com aquele empregado, fazendo com que este aceite condições desumanas de trabalho.

Para que isso se viabilize sem revolta eles usam da repressão e incutem o medo na população. Utilizam para isso, além dos órgãos de repressão, e principalmente, a mídia corrompida para criar uma realidade fictícia que nos ilude, confunde e acomode, na esperança de um milagre que nos venha salvar da sanha dos que nos dominam. A cada fase do processo mudam o espetáculo para nos distrair e confundir. O espetáculo da corrupção é o maior deles. Curiosamente os maiores criminosos são poupados, mesmo que eles sejam visíveis, pois eles ocupam a Praça dos Três Poderes, o palco mais filmado do Brasil. O “crime organizado”, como eles chamam os traficantes de drogas, que a comercializam no varejo, foi transformado em outro espetáculo para nos distrair e, ao mesmo tempo, nos amedronta pelo aparato militar envolvido. É como usar um guindaste para levantar um prato ou um livro. A questão operacional das drogas está fora do Brasil e nas nossas fronteiras. Está nas organizações criminosas da sua produção e seu tráfico internacional. O nosso problema começa nas fronteiras, por onde elas e as armas de guerra entram. Nem uma nem outra coisa é produzida aqui dentro. O resto é manipulação para justificar a repressão e espalhar o medo.

Já agora, vêm com outro espetáculo, do qual já falamos acima: a eleição presidencial, como se eles a quisessem, o que não é verdade. Só se for para ser fraudada. Para isso não querem aplicar a lei que determina o voto impresso, que pode ser verificado, dificultando a fraude. Mesmo com ele a fraude pode ocorrer na totalização eletrônica, pois nem os segredos de Estado dos EUA estão a salvo, Veja o caso Snowden.

Visto esse quadro, sobre o qual já me debrucei demoradamente em dezenas de publicações, vamos à questão principal: que sociedade nos serve e nós queremos? Vou sugerir como roteiro três palavras, muito conhecida de todos nós: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, as legendas da Revolução Francesa. O que elas representam e o que elas têm a ver conosco. Vamos lá:

Liberdade – Ela é o nosso poder de escolha, de decisão. Eu faço ou não faço. Eu quero ou não quero. Ela é o instrumento que nos confere o poder de criar. É por isso que criamos. Mas, também, nos dá o poder de destruir. É por isso que podemos  destruir. Seu uso adequado nos faz criadores e cidadãos. Seu mal uso nos faz predadores ou lacaios.

Igualdade – Ela é uma condição. Ser um homem ou ser um coelho é uma condição. Na sua essência um homem é igual a outro homem. O mesmo ocorre com o coelho. Na aparência somos diferentes, o que chamamos diversidade ou individualidade. Na essência somos iguais. A ciência identifica essa igualdade pelo DNA. Cada espécie tem um DNA diferente, e uma grande variedade de genes que diferem um indivíduo do outro. Mas o homem, além do DNA, tem outra característica que o define e o distingue dos outros animais. Os filósofos a chamam de razão. Isso é verdade, mas apenas em parte. O homem tem outra distinção em relação aos animais, um “selo”, que os espiritualistas chamam de Chama Crística, que é desconhecida da maioria das pessoas, pois é alheia a nossa cultura dominante, tanto é que não consta do dicionário Aurélio.

Fraternidade – Ela é o afeto entre irmãos, amigos ou membros de uma comunidade. No espiritualismo ela é uma virtude fundamental, fruto do amor incondicional, pregado pelos budistas e pelos cristãos primitivos, que os novos cristãos chamam de “amor ao próximo”.

A sociedade que aí está desmoronando foi estruturada e é dirigida por uma “casta de senhores” que não reconhecem nenhuma dessas virtudes, com exceção da liberdade, mas apenas para eles próprios. Dessa forma sua tendência é para a tirania. Nela só o tirano é livre. Aquele que faz as leis para os outros cumprirem, enquanto ele faz o que bem quiser, incluindo mudar as leis que não lhe interessam. É dessa forma que a casta que dirige o Brasil está agindo. Ela é dominada por uma casta menor, mas muito mais poderosa, que controla as finanças e as grandes potências. Se os governos que a contrariam além de certo limite ela os destituem. Fazem isso por toda parte, até pelo assassinato. Aqui levaram Getúlio ao suicídio, derrubaram Jango com um golpe militar e Dilma como um golpe parlamentar.

A fase atual desse processo é o ataque final para transformar o Brasil em uma colônia como descrito acima. Enquanto isso, nós das classes médias, alguns nomeados intelectuais, juristas, filósofos, cientistas sociais, economistas e tantos títulos mais, nos acomodamos no nosso “conforto”, que nem sempre o é. A maioria, desorientada, enfrenta dificuldades incontáveis e são iludidas pela “casta” perversa que domina quase tudo pela corrupção. Chegou a hora de exigirmos nossos direitos sintetizados nas três palavras expressas acima, Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Se continuarmos no nosso precário conforto, só um milagre nos salvará. Sobre isso venho escrevendo há duas décadas. Meus mais recentes livros, que tratam com minúcias todas essas questões, foram editados pela Editora Mourthé e podem ser adquiridos pela internet. É o que pude fazer de melhor para enfrentar essa tragédia que aflige a todos os brasileiros. Se quisermos superar isso que está aí precisamos nos conscientizar e agir. Querer é poder.

Rio de Janeiro, 27/03/2018.

19, março 2018 4:06
Por admin

Chegou a hora da verdade

“A separação do joio do trigo”

Arnaldo Mourthé

A civilização humana chegou a um momento crucial de sua existência. Sempre houve desigualdade social nas várias etapas do processo civilizatório. Mas as relações entre os diferentes eram reguladas por crenças de diversas naturezas que evoluíram a partir da estrutura da família, a unidade básica da sociedade. Houve um tempo que o poder familiar era da mulher, geradora e responsável pelos filhos, o período do matriarcado. Mais tarde o poder passou para o homem, o principal provedor e o guerreiro que defendia a família. Com o desenvolvimento da comunidade criou-se um poder misto que se dividia entre o guerreiro e o sacerdote, interprete dos fenômenos da natureza. Com o sedentarismo e a agricultura ele se estruturou em classes, nobreza, sacerdotes e guerreiros.

O processo de mudanças foi longo e pleno de conflitos, pelo próprio poder e pela riqueza acumulada na medida do desenvolvimento do conhecimento de técnicas e ferramentas aplicadas na produção. Cada etapa correspondeu a uma forma de organização específica para a comunidade, depois a cidade e mais tarde a nação. Os registros confiáveis sobre tudo isso não são suficientes para o conhecimento de todo esse processo. Há fatos antigos que são desconhecidos. A arqueologia vem desvendando muitos mistérios sobre grandes construções da antiguidade para as quais não temos explicação. Sobre elas há mitos, teorias e especulações. Elas misturam lendas, religião, espiritualismo e ciência. Cada grupo tenta explicar a pré-história a seu modo. Na verdade a pré-história é uma caixa de mistérios. Há muito mais coisas a revelar que as conhecidas. Talvez, por isso é tão usada a frase de Shakespeare “Há mais segredos entre o céu e a terra que a vã filosofia dos homens pode imaginar”.

Mas há uma história na qual podemos confiar, desde que apreciada com critério e sem preconceitos, que nós chamamos de história da civilização. Ela mostra como a humanidade se organizou em cada fase de sua existência. Mas, por incrível que pareça, a história antiga contada é mais confiável que aquela de nossos dias, sobretudo em relação ao que aconteceu depois do Renascimento. Há muita verdade documentada, mas há também muita mentira e manipulação. Os interesses das classes dominantes deturparam a história. Mesclaram-na de fantasias que favorecem seus interesses. A mais escabrosa de todas as fantasias começou com a ideologia liberal, que ampara nossa “civilização” capitalista.

Em nome de combater os dogmas da Igreja Católica, que submeteu a Europa e parte do Oriente Médio por mil anos, regiões onde ela ainda têm grande influência, a burguesia, amparada no liberalismo, criou dogmas muito mais nocivos à humanidade que os da Igreja. Tudo para se apropriar da produção a mais que as necessidades da sociedade em um período dado. Essa apropriação obriga criar mercados incessantemente para consumir o excedente estocado, sem o que estoura uma crise econômica. Esse fenômeno ocorreu em toda a história a partir de 1810 até nossos dias. A crise que vivemos tem sua origem nessa apropriação cruel do excedente de produção por um pequeno grupo de famílias do mundo. Essa questão foi objeto de minha investigação e é revelada em diversos livros que escrevi a partir de 1998.

Não cabe em um artigo revelar toda a lógica dessa distorção ocorrida na história da sociedade humana, mas podemos denunciar sua principal consequência, a calamidade que presenciamos em todo o mundo, que no Brasil tornou-se dramática e se agrava a cada dia. Dito isso podemos ir aos fatos que justificam o título e o subtítulo desse artigo. Chegou a hora da verdade porque ocultá-la será a tragédia humana.

Na louca investida para criar mercados para o excedente de produção estocado, cada vez maior com o desenvolvimento da tecnologia, a burguesia lançou a humanidade em inúmeras guerras. Elas foram para queimar excedentes nos campos de batalha, sob a forma de equipamentos bélicos e artefatos destrutivos, e destruir países inteiros para serem depois reconstruídos. Ao transformar trabalhadores em soldados, eles conseguiram reduzir o desemprego produzido por suas crises. A reconstrução do que foi destruído gera um mercado novo. Toda essa operação gera lucro, ao lado da tragédia humana. Para justificar tamanha barbaridade foi ressuscitada a doutrina sofista grega, adotada pelos marqueteiros, para justificar a barbaria, como a defesa da democracia burguesa e da liberdade dos privilegiados, assim como o interesse nacional das metrópoles, em detrimento dos outros. Na Alemanha, Joseph Goebbels brilhava com sua propaganda nazista, definida por ele mesmo como “uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”. Essa é orientação não revelada publicamente dada pelos senhores da informação aos seus “jornalistas” serviçais. No mundo político a mentira tornou-se “verdade”, em pronunciamentos eloquentes e arrogantes.

Tudo isso foi cria do lucro acumulado pela burguesia capitalista, arrancado do trabalho do ser humano e da destruição da Natureza. Mas tudo isso, já constatado pela história, é muito pouco se compararmos com o que está nos acontecendo hoje, aqui no Brasil especialmente. O mercado que não pode mais ser fornecido pela guerra foi substituído por vários artifícios que transformaram o modo de produção capitalista em um câncer que devora a sociedade e a Natureza. O dinheiro sem lastro foi emprestado a governos corruptos dos países periféricos para prepararem os países para receber suas empresas. Foram investidos em infraestrutura para favorecer a instalação de suas indústrias. Estas foram montadas com as sucatas da metrópole, de baixa produtividade, compensada pela espoliação desenfreada dos trabalhadores indefesos, camponeses expulsos de suas terras para implantação dos latifúndios do agronegócio.

Forçaram uma urbanização caótica para receber os expulsos da terra, que se instalaram em favelas, miseravelmente, para servir de “exército de reserva” para forçar para baixo os salários daqueles empregados, ainda que miseráveis. Ao lado do caos urbano formou-se o caos social. O desemprego, a fome, a moradia insalubre, a ignorância, doenças sem tratamento. Um quadro perfeito para a proliferação da criminalidade, que está servindo de desculpa para a liquidação do pouco que ainda existe do Estado de Bem Estar Social, iniciado por Getúlio Vargas.

Tudo isso foi fruto, no Brasil, de uma invasão silenciosa, falsamente pacífica, sob o manto da ordem e do progresso, adotado pela ditadura militar para criar as condições da ocupação, via empréstimos de dinheiro falso. Este se transformou na dívida pública que sangra o Estado, debilitando-o, massacrando os serviços públicos e degradando toda a sociedade. Não há país que possa despender 50% de sua arrecadação para pagar juros de uma dívida fraudulenta, que ainda aumenta, no valor aproximado dos juros pagos em dinheiro. A soma do pagamento em dinheiro e da emissão de novos títulos corresponde a dois bilhões de reais por dia. Ou seja, um valor correspondente a toda a arrecadação da União. Se o total do pagamento dos juros fosse em dinheiro não haveria recursos nem para pagar as despesas com a arrecadação dos impostos.

Agora ensaiam o ataque final do projeto de ocupação. Para isso necessitam de apoio militar, mas interno. Porque se fosse externo teriam que mandar aqui um milhão de homens para morrer, o que as sociedades mais ricas não aceitariam. Seria um Vietnam dez vezes maior que destruiria o poder burguês em todo o mundo.

Mas aqui também tem um povo brioso. Não aceita e não aceitará a ocupação do capital financeiro. Não retornaremos à escravidão do colonialismo. As tentativas de nos intimidar não sortirão efeito, mesmo com a execução de próceres políticos, como não nos intimidou a ditadura. Não adianta uma mídia venal para nos iludir. O povo brasileiro está se conscientizando e tomará nosso país nas mãos. Não há força que poderá impedir-nos de fazê-lo.

Agora vem um aviso: chegou a hora da verdade. Vamos separar o joio do trigo. Para isso vamos definir o que é o trigo e o que é o joio. Nossa sociedade tornou-se uma sociedade hipócrita pela mentira, pela desumanidade e pela discriminação de toda ordem. Nós sabemos a origem de tudo isso. Não ficará pedra sobre pedra do edifício macabro do poder do dinheiro roubado ou falso e da chantagem de uma dívida pública fabricada para destruir nosso Estado e nossos direitos. As mentiras dos meios de comunicação que visam nos imbecilizar e iludir com mentiras, promessas e fantasias não sortirão efeito. Nossos inimigos não nos derrotarão. Construiremos uma nova sociedade de PAZ E FRATERNIDADE, em substituição a essa que aí está, da guerra e do egoísmo. A sociedade da morte será substituída pela sociedade da vida.

Os nossos valores serão os espirituais, do amor, do perdão, da liberdade, da fraternidade, da igualdade, da boa vontade e, sobretudo da VERDADE. Aqueles que formarão essa sociedade são o trigo que nos alimenta. Os que querem nos dominar, nos humilhar e nos espoliar o joio que nos envenena e que será afastado de nós. Eles não mais nos impedirão de evoluirmos e  conquistarmos nossa LIBERDADE.

Rio de Janeiro, 19/03/2018.

16, março 2018 1:02
Por admin

Tentaram matar a verdade para matar nossa liberdade

Arnaldo Mourthé

Prezados amigos. Todos nós estamos chocados com a execução sumária da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Ocorrem todos os dias dezenas de mortes de cidadãos civis e policiais. Essa violência nos incomoda e até mesmo revolta, mas nos acomodamos. Os assassinatos dos cidadãos são explicados como frutos de assaltos ou balas perdidas. As dos policiais por confronto com bandidos ou acerto de contas. É um terror, mas a manipulação da informação nos leva a aceitar como se fossem naturais, frutos da maldade dos homens. Muitas vezes culpam a vítima. Estaria no lugar errado na hora errada. Uma deformação introduzida propositalmente no nosso pensamento.

Então, por que estamos chocados? Porque não assassinaram apenas mais duas pessoas. O objetivo foi assassinar a verdade que aquelas pessoas representavam. Com se fosse possível matar a verdade  .

Há cerca de dois mil anos um personagem que todos conhecem disse uma frase que explica nosso estado de espírito. Ela é: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Está aí a razão pela qual tentaram matar a verdade. Porque querem matar nossa liberdade.

Milito na política há cerca de 60 anos, desde quando entrei na Escola de Engenharia. Durante todo esse tempo estive à procura da verdade que traria minha liberdade. A verdade parcial que aprendi na política permitia apenas uma liberdade relativa das pessoas. Entretanto, agora nem essa liberdade relativa nos é permitida. Buscam exterminar com a nossa liberdade, duramente conquistada em séculos de lutas e sacrifícios. Quantos foram os exterminados por  buscarem a verdade e defenderem a liberdade. Muitos acabaram na cruz, na fogueira, na guilhotina, na forca. Agora os instrumentos preferidos são a bala e a bomba.

Apesar de todo o poderio que dispõem não o conseguirão. Essa proeza está longe das possibilidades desse governo das trevas que nos preside e das forças ocultas que o colocaram lá e o sustentam. A verdade não morre porque ela é a vida, não a vida precária dos humanos, mas a vida dos espíritos que somos na nossa essência.

Mataram Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, mas a verdade que eles defendiam está mais viva que nunca. Espalhou-se pelo Brasil e pelo mundo. Ninguém mais poderá alegar desconhecer a verdade que tentaram matar. Ela tornou-se mais forte porque não está limitada a um corpo físico, a uma memória e a uma vontade individual. Ela tornou-se pública e imortal, como são os espíritos dos assassinados. Eles iluminarão nosso povo que será  levado a escolher o caminho para sua libertação, que é a sua união.

É preciso saber que o poder que atua contra nós não pertence aos que buscam assassinar a verdade e nossa liberdade. Ele pertence a nós, que vivemos no Brasil ou em qualquer parte do mundo, porque ele está dentro de nós mesmos. O poder terreno, político ou não, institucionalizado ou não, pertence aos cidadãos de cada país, a toda humanidade.

Só há poder político quando ele é concedido pelos cidadãos. O contrário é a impostura e a tirania. Nosso presidente e todos seus ministros são impostores e conspiram para instalar uma tirania no Brasil. Transformar-nos em colônia do capital financeiro internacional.

Chegou a hora da verdade e do fim da impostura. Vamos destituir o governo da morte, regido pelo egoísmo, para estabelecermos o governo da vida, sustentado pela fraternidade.

Que assim seja, e será.

13, março 2018 12:29
Por admin

Guerra ou paz?

A desordem mundial

Arnaldo Mourthé

Tolstoi imortalizou-se com seu livro Guerra e paz. Mas essa dicotomia só é válida para os tempos da dualidade, quando a convivência dos opostos era a condição de existência através da contradição entre eles. Essa questão é tratada pela dialética, método filosófico de análise das contradições no seio de tudo que existe desenvolvido por Hegel, No entanto há mudanças significativas nas relações humanas no Planeta. O que vivemos hoje é a desordem mundial.

Essa questão pode ser interpretada por alguns como complexa ou imprópria, porque, em tese, a dualidade existe e se manifesta pelas contradições que estão aí, por toda parte. Entretanto, ela não tem sentido pelas novas condições nas quais vivemos no nosso Planeta. Esssa questão pode ser analisada de duas maneiras, através do espiritualismo ou da geopolítica. A primeira eu deixo a critério do leitor interessado em investigá-la. Vamos tratar apenas da segunda, a do nosso mundo físico, a geopolítica.

A história da humanidade é escrita, em geral, como um relato. Neles afloram os fatos marcantes que produziram mudanças significativas e seus protagonistas, as figuras históricas. As causas que produziram os acontecimentos são apresentadas sempre como disputa de poder ou interesse econômico. Nesse quadro, destacam-se as guerras que aparecem como grandes feitos ou como tragédias. Seu desfecho trazia de novo a paz, sob as condições impostas pelo vencedor ou através de um “acordo de paz”, quando o embate se mostrava indefinido e, assim, desfavorável às duas partes.

Raros são os escritos que aprofundam a análise entre os contundentes, para apresentar as contradições dentro da sociedade como causas das guerras. Essa análise só foi possível com o uso da dialética. Assim ficamos sabendo que as guerras que aconteceram na Europa a partir do século XIX foram, todas, frutos das contradições do sistema capitalista. Elas foram apresentadas como causadas por disputas entre nações, o que não é toda a verdade. As guerras já ocorriam nos tempos primitivos entre tribos, depois entre os impérios da antiguidade e entre reinos anteriores ao domínio da sociedade pelo sistema capitalista. Suas razões quase sempre foram os interesses econômicos, das comunidades, ou políticos, dos detentores do poder. Depois que os capitalistas assumiram o poder foi diferente.

A burguesia capitalista conseguiu impor o conceito errôneo sobre as causas de suas guerras como sendo conflitos entre nações. Entretanto elas foram resultado das disputas por mercado e, ainda, para queimar estoques de mercadorias não vendáveis. Estas são uma parte do excedente da produção retido pelos capitalistas, por força da contradição criada pela apropriação privada dele, sob a forma do lucro. Ao mercado não é dada a condição de comprá-lo, por não dispor do dinheiro que se acumula nas mãos dos capitalistas.

A partir dessa conceituação ficamos em condições de analisar os conflitos políticos que assistimos nesse nosso tempo de perplexidade. As aberrações das relações entre classes e atividades sociais, assim como entre nações, não têm como causa principal os conflitos de interesses entre elas, mas o impasse do capitalismo sufocado por uma crise sem precedentes, por não dispor do remédio suficiente para a superação dela, uma grande guerra. Essa guerra tornou-se impensável, devido às armas nucleares que, acionadas, destruiriam a maior parte da humanidade e colocariam no primitivismo e no caos o restante dela. Sem esse remédio, o capitalismo não pode superar sua crise. Ele bem que tenta, através da ilusão financista, criando mercados fictícios para manter seu modo de produção, que degrada o meio ambiente e gera um grande excedente que se transforma no capital acumulado sem a realização em dinheiro do lucro que é obtido após a venda. Essa é a causa da dívida pública, e não o excesso de gastos do Estado.

O caso do Brasil é um exemplo marcante de um país que eles conceituam como uma tábua de salvação, melhor dizendo, de sobrevida, do capitalismo. Toda a parafernália de medidas econômicas e sociais que vêm sendo adotadas pelos governos do Brasil depois do golpe de 1964 tem sua origem na política de transformar o Brasil numa extensão do Império americano para atender às necessidades de mercado de suas empresas capitalistas e estabelecer uma base econômica e social para suportar a crise que se avizinhava.

Nos anos 70, houve um “aprimoramento” desse projeto macabro, apresentado como globalização, consubstanciado numa política de destruição do Estado de Bem Estar Social. Este fora criado para acomodar os conflitos sociais que se agravaram em seguida das grandes guerras mundiais, especialmente da segunda, a partir de 1945. Esse projeto miraculoso é o neoliberalismo, adotado no Brasil por Fernando Henrique, que obteve a complacência dos governos seguintes de Lula e de Dilma. Ele representa a entrega total, feita aos pedaços, da economia brasileira ao capital financeiro internacional.

O agravamento da crise mundial do capitalismo exigiu a aceleração da implantação desse projeto no Brasil. Essa foi a causa maior do empeachment de Dilma Rousseff, que deve ter resistido à sanha da decretação do fim dos direitos sociais do cidadão brasileiro. Daí a pressa do governo das trevas na aprovação das “reformas” trabalhista e da Previdência Social, assim como da privatização irresponsável das empresas estatais e de parte de nosso território, para dar ao capital estrangeiro o controle absoluto do país através da economia, especialmente das finanças alimentadas pela sangria do Estado brasileiro gerada pelos juros da dívida pública.

Diante da desmoralização do Presidente e de seu governo, está sendo criado um cenário de caos para justificar a implantação no Brasil de uma tirania, que poderá tomar a forma de um governo civil sustentado pelo aparato militar e pelo capital financeiro internacional. A partir daí desaparecia a Nação brasileira, que congrega nosso povo e nosso território. Ficaria no seu lugar uma colônia do capital financeiro. Qualquer caminho que possa viabilizar esse projeto macabro pode ser adotado pelo poder político atual, capacho dos interesses do capital financeiro internacional.

Para viabilizar a tirania, eles estão tentando dividir irremediavelmente a população brasileira, como se o conflito maior fosse entre Temer, o presidente impostor, mas constituído, e Lula, o líder político mais popular do Brasil, mas que não representa toda a Nação, nem tem a consciência necessária para resistir à investida do capital estrangeiro. Tanto é que não o fez quando estava no poder. As armas do inimigo são a tensão social, que divide a sociedade, o medo, que imobiliza o cidadão, e a desinformação que o aliena. Sua tática é prender Lula e melar as eleições. Nesse processo se envolve o Judiciário, cuja função limita-se à aplicação da lei, que é feita para proteger o statu quo, o governo das oligarquias nacionais, agora subordinado ao capital financeiro internacional, a quem as leis de proteção ao cidadão não convêm. Desmoralizam-se dessa forma todas nossas instituições republicanas, o Executivo e o Legislativo, pela corrupção, e o Judiciário, pela impotência.

Alguma coisa é preciso ser feita para evitar o êxito dos inimigos da nossa Pátria. O caminho correto, a nosso ver, é a busca da unidade da população. O dilema entre Temer e Lula é falso. Assim como o tráfico de droga nas favelas não é o principal problema no país. O crime organizado que desestabiliza nossa economia, nossas instituições, nossa sociedade, não está nas favelas do Rio de Janeiro. Ele está na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e recebe instruções da Cabala, organização criminosa que controla o sistema financeiro e tem seu quartel general mundial na Wall Street, em Nova Iorque.

Confundir os trabalhadores que habitam as comunidades faveladas com o crime organizado é um desrespeito à cidadania, não só deles, como de todos os brasileiros. Vasculhar suas casas, com a pressuposição de seu acumpliciamento com os criminosos, é violação de domicílio, uma ilegalidade e desumanidade.

Pretendem com isso alcançar o objetivo de amedrontar a população, para que ela fique submissa à impostura do governo, enquanto este entrega o Brasil aos donos do dinheiro que buscam corromper todos que obstaculizam seu plano de dominação. Ao mesmo tempo tentam jogar os brasileiros uns contra os outros, para nos dividir, enfraquecer-nos e dominar-nos. O que estão fazendo é uma operação de diversionismo, ou seja, dispersar nossos esforços para que nosso inimigo nos apanhe desprevenidos e enfraquecidos, por nossas divergências que não naturais, mas induzidas por ele.

Chegou a hora de darmos um basta a tudo isso e nos unirmos para a construção de uma nova sociedade de Paz e Fraternidade. Nossa proposta para virar o jogo a favor de nosso povo, do nosso Brasil, está no pequeno livro que estou lançando: Manifesto por uma sociedade de Paz e Fraternidade, que pode ser adquirido pelo site da Editora Mourthé: www.editoramourthe.com.br. Confio estar dando uma contribuição para superarmos a calamidade em que nos meteram. Conto com a boa vontade de cada um que se considere Brasileiro.

Rio de Janeiro, 11/03/2018

 

01, março 2018 2:07
Por admin

A sociedade capitalista desmorona

“O Rio de Janeiro continua lindo”!

Arnaldo Mourthé

Há uma campanha orquestrada contra o Rio de Janeiro. Aproveita-se da deterioração da administração do Estado para intervir na segurança pública, com uso das Forças Armadas, por motivos pouco claros. Não é preciso grande conhecimento sobre a questão da segurança para sentir que há uma manobra satânica por traz de tudo isso. Não necessito fazer qualquer demonstração sobre a inadequação da medida para resolver a questão a que ela se propõe. Muitas já foram as manifestações a respeito. Limito-me a citar o artigo, no relançamento de O Jornal do Brasil, em 25/02/2018, do advogado criminalista Nilo Batista, professor universitário e figura inquestionável como profissional do direito e cidadão. Ele foi vice-governador, quando exerceu a Secretaria de Polícia Civil, depois governador do Estado.

A medida do governo federal é uma excrescência, concebida por um tresloucado ou jogador audacioso na busca de uma solução para sua situação de calamidade pessoal. Mas pode e deve ser mais grave que isso. Temer preside um governo de faz de conta. Ele não governa. Apenas administra os interesses dos grandes investidores internacionais que desenvolvem, há muito tempo, um projeto de completa dominação do Brasil, no quadro de outro projeto maior, tresloucado, de conquistar o mundo e implantar a chamada “Nova Ordem Mundial”. Essa seria a desordem completa da sociedade humana, sua extinção enquanto sociedade organizada sob a forma republicana. Nela não haveria cidadania nem soberania nacional. A remuneração do trabalho seria miserável, como é a tendência no nosso país depois da destruição da legislação trabalhista. Os países seriam plataformas de produção. governados como um latifúndio por feitores e bate-paus, à semelhança do sistema escravistas dos primeiros séculos da formação do Brasil.

Colocada dessa maneira, a afirmação acima parece uma ficção, mas não é. Ela é um retrato fiel desse projeto, baseado nos princípios bem claros do liberalismo primitivo formulado nos primórdios da civilização industrial. Esse foi firmemente combatido pelo pensamento crítico dos filósofos do século XVIII, conhecidos como os iluministas, especialmente por Rousseau, autor do precioso livro O contrato social. Todas as ideologias que defenderam os trabalhadores, e não apenas os assalariados fabris, nasceram da necessidade de defender o ser humano das atrocidades da filosofia liberal e do modelo espoliador do modo capitalista de produção. Elas foram desenvolvidas a partir do pensamento crítico, de escolas filosóficas que buscavam a verdade, enquanto a sociedade capitalista se desenvolvia amparado na mentira.

Houve um grande embate filosófico e político que durou mais de dois séculos, enquanto ocorriam muitos conflitos, incluindo as grandes guerras mundiais que sacrificaram centenas de milhões de pessoas, entre mortos – inclusive em fornos crematórios – feridos, refugiados, prisioneiros torturados e enormes perdas materiais.            As guerras, não só mataram dezenas de milhões de pessoas, como destruíram nações, enquanto os capitalistas ficavam mais ricos com elas. Nada mais natural, pois elas foram feitas para queimar os estoques de mercadorias invendáveis, resultado da acumulação capitalista. Essa questão foi amplamente analisada no meu livro História e colapso da civilização, Editora Mourthé. 2012. O momento que estamos vivendo é o do colapso do sistema capitalista e da sociedade desumana que ele engendrou, do colapso da civilização.

Para tentar salvar o sistema, a grande burguesia, controladora do mercado financeiro mundial, fez renascer o liberalismo primitivo, no qual a liberdade é defendida apenas para o capitalista, renegando as outras classes sociais a posições subalternas, desde serviçais de alta estirpe, regiamente pagos para administrar seus negócios e sua política, até os escravos que produziram as riquezas nas colônias das Américas no período do mercantilismo e fizeram enriquecer comerciantes e banqueiros e, ainda, financiaram a Revolução Industrial na Inglaterra, fazendo dela o maior império colonial do Planeta, onde o sol nunca se punha.

A Revolução Industrial, que potencializou e diversificou o sistema produtivo, gerou muitas necessidades que exigiam profissionais especializados, conhecimentos técnicos e científicos, administradores e gestores. Foi necessário ampliar o aparato estatal e todos os serviços complementares à produção. Esses novos profissionais, em função de suas tarefas, tiveram maior ou menor remuneração. Formou-se uma classe intermediária entre os capitalistas e seus operários que executaram suas tarefas nas unidades produtivas. Daí surgiu uma grande classe média, que a grande burguesia educou para seus serviçais privilegiados, no processo espoliativo da mão de obra e da Natureza. Aos operários e prestadores de serviços manuais foi reservada a miséria e à classe média uma vida mediana, como seu próprio nome indica. Esse foi o quadro social daqueles que se ocupavam, direta ou indiretamente, das atividades produtivas e de serviços. Assim se formou a sociedade capitalista na qual vivemos. A inteligência humana não se conformou com essa sociedade de desiguais. Houve conflitos de interesses e grandes embates.

A história do poder político da burguesia começou pela Inglaterra, numa aliança com a nobreza, através do rei Carlos I, quando da restauração do poder real, em 1660, depois da morte do líder revolucionário Cromwel. Carlos I era um absolutista, mas seu reino precisava, para governar, do poder econômico da burguesia. Esse governo de coalizão de interesses deu início à civilização industrial que agora agoniza. A partir dessa aliança, a monarquia constitucional, a burguesia usou o Estado para conquistar mercados para seus produtos.

A concorrência com a produção artesanal foi demolidora dentro da Inglaterra e, depois, fora dela com a expansão do capitalismo pela Europa. Logo ocorreram os embates da concorrência por mercados, já que o capitalismo para sobreviver precisa continuamente de novos mercados. Desses embates surgiram tensões que se deterioraram em guerras. Essas destruíam aquilo que os capitalistas produziam, gerando lucro para eles. As guerras são destrutivas para os povos, mas lucrativas para os capitalistas, uma fonte para desovar seus estoques retidos por sua contradição interna, a da acumulação capitalista, e pagas por todos, pelos cidadãos e Estados, ou seja, pela população que paga os impostos. O lucro retido pelo capitalista produz um desequilíbrio entre o custo e o preço da mercadoria colocada à venda. Esse desequilíbrio gera os estoques não vendáveis, que necessitam mercados novos para sua colocação. Na sua ausência, a solução é o financiamento ao consumidor, que gera juros e enriquece os banqueiros. A necessidade de novos mercados levou ao colonialismo e às guerras. O financiamento do consumidor levou à inadimplência e à crise financeira.

As bombas atômicas que destruíram Hiroshima e Nagasaki criaram um grande problema para a solução das crises do capitalismo. A guerra tornou-se um risco de destruição da humanidade. Sem uma grande guerra, o capitalismo, por sua natureza concentradora de capital, não tem mais como superar suas crises através da dissipação nos campos de batalha dos estoques acumulados,. O capitalismo entrou em crise sistêmica. Não há mais como sustentar a sociedade plural formada nos confrontos de interesses entre classes sociais e nações.

Como um coelho retirado da cartola, os ideólogos do liberalismo formularam aquilo que eles denominaram neoliberalismo. Um modelo que liquida o Estado de Bem Estar Social, conquistado pelas lutas das sociedades, em especial após as catástrofes das grandes crises e guerras mundiais. O neoliberalismo gestou um modelo de sociedade que liquida a cidadania e a soberania nacional, ou seja, a República. Rompe as fronteiras dos países buscando transformar as nações em colônias e suas populações em servos ou escravos, como existiu no colonialismo. O mundo dele seria aquele sem fronteira ente nações, mas com liberdade restrita para o ser humano. Para o proprietário, seu capital e suas mercadorias, não há fronteiras. Para o cidadão elas continuam existindo, com revistas humilhantes e até muros. Foi esse sistema que conduziu à concentração da riqueza nas mãos dos grandes capitalistas e ao endividamento dos países, subordinando-os a seus credores.

Segundo o FMI, as dívidas privadas e públicas mundiais correspondiam em 2015 a 2,55 vezes o PIB mundial. As dívidas públicas respondem por 85% do PIB, enquanto as dívidas privadas, de pessoas físicas e jurídicas, montam a 100 trilhões de dólares. Ou seja, 2,55 vezes aquilo que todo o mundo produz em um ano, pertencia ao capital financeiro em 2015. Esse valor só aumenta. A propriedade de todos esses créditos torna um pequeno grupo de investidores senhores das finanças, da economia e da vida das nações, através de seus governos submissos, pela pressão dos credores e pela corrupção patrocinada por eles.

Nossa dívida pública nos custa, em juros, 50% do orçamento da União, desorganizando a administração e os serviços públicos. O Tesouro Nacional gasta, por dia, um bilhão de reais de juros e emite outro bilhão de reais de títulos, apenas para pagamento dos juros da dívida. Os estados e municípios atrasam os pagamentos dos seus funcionários e têm seus serviços deteriorados por penúria financeira. Essa situação faz o governo ajoelhar-se face aos  credores. Essa é a causa principal da crise da segurança em quase todo o Brasil. No entanto, não se vê nenhuma menção na mídia sobre os segredos dessa calamidade. Na verdade, nossa dívida tem sido parte essencial do projeto de transformar-nos numa colônia. A intervenção federal no Rio de Janeiro também faz parte dessa trama. A missão de Temer, o impostor, é a de transformar o Brasil em um grande latifúndio dominado pelos donos do capital, uma máfia, pior que isso, pois são eles os criadores da máfia e de toda sorte de sociedades, secretas ou não, que visam colonizar todo o planeta.

O nosso maior inimigo não são as quadrilhas que operam nos bairros pobres, onde moram trabalhadores mal remunerados e marginais da economia, todos apartados da sociedade pelo desemprego e pelos salários miseráveis, quando conseguem emprego. Os bandidos, que os potentados chamam de “crime organizado”, são pobres diabos produzidos por uma sociedade perversa que despreza o ser humano. Os cidadãos não estão na origem dessa perversão. Aqueles que cumprem seus deveres na sociedade, de trabalhar e acatar as leis e a moral vigente, não são responsáveis por isso. Eles são vítimas, pois são desinformados, alienados, por um aparelho de propaganda perverso. O grande capital controla tudo, especialmente a comunicação. Usa a mídia para desinformar a população e submetê-la a seus interesses, e os meios de comunicação eletrônicos entre as pessoas para espioná-las. Eles materializaram as previsões do escritor George Orwell, autor do livro O grande irmão, cujo personagem principal é o sistema que controla todos os passos das pessoas. O grande irmão atual quer nos controlar com chips, através do documento de identidade único, que poderá localizar-nos a qualquer momento. Tentarão controlar até mesmo nosso pensamento.

O crime organizado está no sistema financeiro, no nosso governo, infelizmente, e na mídia que difunde o medo. Este imobiliza as pessoas e impede que elas tenham pleno poder de raciocínio, e se sintam inseguras para tomar decisões. Assim se deixam enganar. Pensam ser mais seguro seguir os conselhos da mídia mercenária a serviço do dominador. O que estão fazendo, sob a desculpa de proteger as pessoas do crime organizado é, na verdade, uma armadilha para captar as pessoas, retirar delas qualquer capacidade de movimento e de discernimento para conhecer a verdade. Isso me faz lembrar uma frase pronunciada há dois mil anos por Jesus de Nazaré: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.

Rio de Janeiro, 28/02/2018

28, fevereiro 2018 6:00
Por admin

O que é o caos? Como superá-lo?

Arnaldo Mourthé

Caos é uma palavra que se encontra por todo lado. Nós mesmos a utilizamos para definir a situação de perplexidade na qual vivemos. Mas, pensando bem, o caos não existe. O caos corresponde ao abismo de antes da existência, de antes da formação do Universo. Seria o vazio, o nada. Aquilo que hoje é denominado caos, a condição em que vivemos, não pode ser o caos, o vazio. A condição existe, o caos é apenas uma fantasia. Não é correto alegar o caos para justificar uma operação para superá-lo. Essa solução só pode ser uma aberração, um defeito ou anomalia, como revela o dicionário.

Isso posto vamos à condição em que vivemos, denominada caos com o intuito de adotar pretensa solução, praticando alguma aberração. Tudo que temos assistido, na televisão, no you tube, nas diversas redes sociais e, especialmente, nos pronunciamentos soberbos de falsos profetas retratam uma condição de absoluto descumprimento das leis que regulam a realidade da vida na Natureza e de nossa vida de seres humanos. Essas leis são as físicas e as espirituais. O descalabro em que vivemos diz respeito à desobediência dessas leis, que são as únicas que são perenes. As que nos regem, que criaram e suportam a calamidade, são todas precárias e insuficientes. Por serem assim, elas são renovadas constantemente, através de mandatários dos cidadãos que os elegem. Por sua rotatividade e os descalabros que elas produzem podemos dizer que são produtos de interesses fortuitos dos mandatários e de seus tutores, e não os dos cidadãos que lhe dariam legitimidade. Elas são ilegítimas e perniciosas.

A partir dessas considerações podemos afirmar que tudo que se passa no Brasil pode ser declarado como aberração. Não é caos, pois há existência: nós existimos, assim como nosso país existe. Além de existirem os dois, povo e país, somos fortes, poderosos, a ponto de tentarem nos enganar para nos dominar enquanto povo, e espoliar o País e nós mesmos. Não poderiam nos afrontar às claras. As leis dos legisladores, especialmente as reformas constitucionais, são para nos desorganizar, dando-nos a impressão de estarmos vivendo o “caos”. Isso é mentira, porque literalmente o caos não existe. Existe sim uma realidade criada por aqueles que dominam o Brasil há mais de quinhentos anos. Essa realidade já não satisfaz à ambição desmedida dos que estão nos dominando agora e que querem perpetuar nossa dominação tornando-a mais cruel do que tem sido.

Todas as Leis do governo Temer e todas as reformas constitucionais e leis subsequentes produzidas nos governos de Fernando Henrique, Lula e Dilma, para endividar o país e alienar nosso patrimônio, foram obra do capital financeiro internacional, que tem como objetivo dominar o Brasil e usá-lo no seu projeto de dominar o restante do mundo. Esse projeto é um fracasso, pois o sistema financeiro internacional já entrou em colapso. Entretanto ele ainda se sustenta pela lei da inércia, aquela que permite que o carro se movimenteem ponto morto depois que acaba a gasolina.

Mesmo assim suas ações avançam sobre nós, demolindo tudo que podem, para nos enfraquecer a ponto de permitir-lhes tomar conta do Brasil. Já estamos vivendo cada dia com mais dificuldades em consequência de suas políticas de retiradas de nossos direitos de cidadania. Redução de nosso poder aquisitivo e salários, hoje já sem a proteção das leis trabalhistas, e pressionados pelos milhões de desempregados que aceitam condições humilhantes de trabalho. Esse massacre visa nos enfraquecer para que eles possam nos dominar.

Mas isso é apenas parte da sua ação deletéria. Ela é mais poderosa no seu aspecto psicológico, através da desinformação. Para isso eles dominam a grande mídia, encarregada de distorcer as informações que chegam a nós, ministrar-nos a anticultura, através da introdução de outros valores culturais, visando sempre nossa dominação. Esse é um processo de alienação que nos imobiliza pela ignorância da realidade, substituída por ilusões que nos são inoculadas 24 horas por dia.

A última manobra dessa ação macabra é a de supervalorizar o “crime organizado” nas favelas do Rio de Janeiro, envolvendo as Forças Armadas que, no cumprimento dessa missão perversa, conflitam com a população de trabalhadores que habitam as comunidades carentes, criando situações de desrespeito aos direitos dos cidadãos, que todos são, e expondo seus jovens soldados ao escárnio da população, como revelado em vídeo de crianças a desafiá-los.

Temer, no seu tresloucado governo, criou um quadro de conflito social cujo potencial é muitas vezes mais preocupante que o fantasma dos traficantes. Esses só existem, porque existem fornecedores de drogas e armamentos, que não brotam no chão da favela, nem no território nacional. Os dois vêm de fora. Do crime organizado em um mundo dominado pelo capital financeiro. Aí está a fonte desse crime organizado dos pobres que não encontraram outra forma de sobreviver, um trabalho para gerar os recursos necessário à sua sobrevivência e de sua família. Onde está o verdadeiro crime organizado eu já revelei em artigo anterior. Ele está em Brasília, na Praça dos Três Poderes, e tem sua sede principal na Wall Street, em Nova York.

Essa ação nefasta da intervenção está tentando ressuscitar a facção ultradireitista que nos trouxe a ditadura, de triste memória, matriz remota do governo das trevas de Michel Temer. Cidadãos! Não aceitem a versão da necessidade da intervenção das Forças Armadas na segurança do Rio de Janeiro. Essa é uma manobra nefasta para destruir nossa capacidade de nos defendermos contra a ocupação definitiva, porque já o é em grande parte, do Brasil. As Forças Armadas têm outra função, de grande nobreza, que é a defesa da soberania nacional e dos direitos dos cidadãos. Elas não devem ser desviadas de sua missão, para tornar-se polícia e conflitar com os cidadãos. Defendamos nossa cidadania e nossa soberania. Para isso precisamos respeitar a verdadeira e honrosa missão das Forças Armadas. Não à irresponsabilidade. Não à submissão da nossa Pátria.

Rio de Janeiro, 26/02/2018.

25, fevereiro 2018 11:14
Por admin

Encarar o problema ou enfiar a cabeça na areia

Arnaldo Mourthé

Depois de mais de meio século de trapalhadas, o governo brasileiro acena com uma bandeira política derrotada durante toda a história da humanidade: Combater a violência com a violência. Esta estratégia só tem sentido se a resposta violenta for muito mais forte que aquela combatida. O resultado é sua progressão exponencial, tornando-se tragédia. Será esse o objetivo do nosso governo? Parece que sim.

A força motriz de tudo isso está na necessidade de dominação, a vocação maligna que causou as maiores tragédias da humanidade. Guerras, colonizações e escravidão. Ela é movida por uma característica dos seres humanos inferiores denominada egoísmo. Quando o egoísta se sente enfraquecido ele reage. O faz de diversas formas, foge, agride, denigre, maltrata e, se puder, extermina. A história está cheia desses “feitos” malditos. O exemplo mais gritante de nossa geração foi Hitler. Mas há muitos outros nas nações, e um grande número no meio da população humana. Todos tentam se apresentar como fortes, embora, todos, sem exceção, sejam covardes. Alguns, além de covardes, submissos. Estes são os executores dos malfeitos e atrocidades de seus chefes, melhor dizendo, patrões, por serem quase sempre mercenários.

O texto acima foi inspirado nos nossos governantes atuais. Uma calhorda de serviçais do capital financeiro internacional, que têm como missão jogar o Brasil, nossa Pátria, em um grande conflito interno, irmãos contra irmãos, denegrindo, ameaçando, mobilizando pessoas e instituições para executar suas atrocidades. Isso porque eles mesmos não têm a coragem pessoal necessária para executá-las. Os maiorais são anônimos, clandestinos, o que lhes dá a segurança para a prática de suas ações desumanas de toda sorte. São elas a humilhação, a coação, a chantagem, a corrupção, a tortura e a morte. Tudo em nome do poder. Do poder pelo poder, originário do instinto de dominação.

Tudo que assistimos como consequências dos atos de nosso governo, formado de agentes infiltrados pelo capital financeiro internacional, visa nosso enfraquecimento como Nação, através da desunião do povo brasileiro. São jogados uns contra os outros: homens contra mulheres, brancos contra pretos, religiosos contra ateus, torcedores de um time contra os de outro time, “coxinhas” contra “mortadelas”, trabalhadores privados contra funcionários públicos, civis contra militares, ricos contra pobres. Ninguém escapa da sanha daqueles que querem ver nossa nação dividida para ser dominada.

A intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro é parte desse esquema. Querem criar um conflito da sociedade civil contra os militares, visando levar o país ao caos. Estão começando pelos pobres, esperando que os menos pobres se sintam protegidos, como se a ação fosse contra o crime organizado. Não é verdade. O verdadeiro crime organizado está no Planalto Central e no Palácio, e seu estado maior é o Banco Central, assessorado pelo comitê de banqueiros escondido sob o disfarce de uma sigla: Copom. Se o objetivo é combater o crime organizado, procurem-no na Praça dos Três Poderes, com filiais na Esplanada dos Ministérios. Seus mentores então na Avenida Paulista, ou nas suas “cidades” sedes. Mas eles também tem seus chefes maiores, homiziados na Wall Street e na City de Londres. Nesses lugares, escritos em negrito, estão os chefões do crime organizado contra os povos e contra as Nações.

Rio de Janeiro, 24/02/2018

 

 

21, fevereiro 2018 10:33
Por admin

A cidadania ameaçada

Arnaldo Mourthé

A intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro ainda não saiu do papel do decreto presidencial. Isso porque eles não sabem o que nem como fazer. Isso prova que esse ato foi um arroubo de Temer ou seu objetivo não pode ser revelado. Aí mora o perigo.

De fato ocorreram as duas coisas. O arroubo é uma característica do personagem, na falta de argumentos, e o segredo encobre todas as ações do seu governo. Um segredo de polichinelo para quem presta atenção nos fatos e analisa a consistência das ações. Dessa questão vamos tratar mais adiante.

Uma questão espinhosa e dolorosa se coloca imediatamente. A discussão do êxito das ações, considerando que a operação tem como área de atuação as comunidades mais pobres do Rio de Janeiro. Nelas vivem as quadrilhas que são o alvo da operação. Alega-se da dificuldade de encontrar nas comunidades os criminosos, que podem se refugiar nas residências dos moradores, que para serem inspecionadas é necessário um mandado judicial específico, enquanto o bandido pode trocar seu refúgio, o que torna o mandado inócuo. Para resolver essa questão, meramente técnica, pretendem obter mandados amplos que autorizem a invasão de qualquer domicílio da comunidade. Isso é invasão de domicílio, ato ilegal. Se o conceder, o juiz terá ocorrido em delito de abuso de poder. A cogitação dessa hipótese é uma aberração. Mas ela está colocada e os “analistas” da televisão se ocupam dela.

O pior é que isso tem a ver com a natureza do poder que tenta impor-se a nós brasileiros. Um poder tirânico, sem apoio do cidadão, fonte única do poder republicano. A medida da intervenção é escalafobética. Não faz o menor sentido e não se sustenta, nem política nem juridicamente. É um ato de exceção, pura presunção de poder.

Entretanto, esse poder existe. Ele está aí tentando demolir a Nação brasileira. Sua soberania, sua cultura, sua economia e sua cidadania. Investe como um trator contra os direitos dos cidadãos que vivem do seu trabalho. Demole o aparelho de Estado que presta serviço à população mais pobre, na saúde e na educação, principalmente. Restringe os recursos para as universidades e persegue seus pesquisadores, que só buscam o conhecimento, visando um Brasil melhor. Denigre e submete à humilhação dirigentes e professores conduzidos coercitivamente para depoimentos, sem qualquer fundamento legal, apenas para intimidá-los quando realizam pesquisas sobre questões que incomodam o governo, ou seus tutores das corporações empresariais. Um reitor em Santa Catariana, que apenas exercia seu dever de ofício, foi levado à prisão, despido e humilhado, o que o levou ao suicídio. Caso semelhante aconteceu na Universidade Federal de Minas Gerais, em represália a uma pesquisa histórica sobre a ditadura militar.

Alguns acreditam que a motivação principal da intervenção seja a incapacidade do governo de aprovar a “reforma” da Previdência Social. É possível, mas é muito mais do que isso. Se não fosse, o Ministro da Fazenda não apresentaria uma série de medidas, visando “compensar a economia que se faria com sua aprovação”. Mentira! As medidas propostas agora não o foram antes porque provocariam uma grande reação. Agora querem nos enfiar pela goela abaixo a autonomia do Banco Central, isto é, entregar aos bancos a política financeira do Brasil. Eles já aplicam a política dos bancos, mas querem impedir que outro governo possa ter uma política de Estado. Eles pagam aos bancos dois bilhões de reais por dia, como juros da dívida pública, sendo metade em dinheiro, metade em títulos que aumentam a dívida, já impagável. Nós já somos um país ocupado. Não por tropas militares, depois de uma guerra, mas pelo capital financeiro que sangra o Estado e todos os brasileiros.

Riquezas produzidas por nosso trabalho são transferidas para fora do Brasil via exportação de lucros e juros para o capital estrangeiro. Para produzir essas divisas exportamos alimentos, deixando brasileiros com fome, minérios que nos deixam destruição ambiental – veja a tragédia do Rio Doce – e muitos outros produtos que fazem falta para nosso povo. Apesar da grandiosidade dessa sangria, eles ainda compram nosso patrimônio, indústrias, imóveis, terras, usinas hidrelétricas e até nossos meios de comunição, telefonia e televisão. Esta lhes serve para desinformar a população e para aculturá-la, criando as condições para nossa dominação.

O governo das trevas que ai está quer colonizar o Brasil até o fim deste ano, e está trabalhando duro para isso. Todas as suas ações, sem exceções, visam isso. Mesmo que haja alguma aparente benesse, que não é fácil encontrar, é parte desse esquema. Se existe é para enganar-nos.

Daqui para frente teremos que enfrentar a sanha dos demolidores da Nação. Mas eles não conseguirão. Nosso povo vai impedi-lo. Ele tomará consciência de tudo isso e se levantará. Aí sim, não sobrará pedra sobre pedra dessa sociedade perversa, que hoje está sendo comandada por uma corja de sociopatas a serviço de um pequeno grupo que domina o sistema financeiro mundial. Mas, nem esse vai salvar-se. O estrago e a desgraça que ele já produziu, ultrapassou o limite do aceitável. Quem viver verá!

Rio de Janeiro, 20/02/2018.

19, fevereiro 2018 11:07
Por admin

A intervenção no Rio de Janeiro é golpe de Estado

Arnaldo Mourthé

A intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro, perpetrada pelo governo impostor de Michel Temer, é um passo para a implantação de uma nova ditadura no Brasil. Apesar de usar as Forças Armadas para esse ato contra a República, ou seja, contra a soberania e a liberdade, esse não é um golpe militar. O governo não tem autoridade nem moral para tamanha ousadia. Os militares não o levam a sério. Este golpe é do sistema financeiro e tem sua origem fora do Brasil, de uma fonte de poder em deterioração que procura sobreviver a qualquer custo, submetendo os povos.

Os militares não têm a menor disposição de dar, ou participar de, um golpe. Muito menos se utilizariam de subterfúgios para fazê-lo. Sua ação seria militar: rápida e fulminante. É da sua natureza de força de segurança da Nação, para defendê-la quando for necessário. São preparados para ações rápidas e contundentes. Daí sua eficácia.

O que assistimos não é ação de militares, mas de quem age pelas costas, traiçoeira, ardilosa e premeditadamente. Também não pode ser obra do Temer. Ele não tem capacidade para tanto. Ele é apenas seu executor, o agente infiltrado na cúpula do Estado, com o disfarce de Presidente da República, pelo poder do qual é um serviçal, o capital financeiro internacional. Ele é cercado por um aparato de malfeitores. Cada um com sua especialidade, articulados para destruir o Estado brasileiro, através de sua falência financeira e de sua desmoralização perante o seu povo. Nesse processo busca-se retirar nossa dignidade e reduzir nosso amor pela Pátria, nos transformando em hordas de indivíduos, invés de cidadãos.

Esse processo vem de longa data. Sobre ele venho escrevendo há muitos anos, com vários livros publicados a respeito. Ele tomou essa forma em julho de 2017. Sobre isso junto um artigo meu datado de 01/08/2017.

Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 2018

 

Artimanha perigosa do Impostor

Arnaldo Mourthé

Assistimos hoje na televisão uma cena de soldados do exército parando caminhões de carga na Avenida Brasil, para revista. Segundo o noticiário, tratava-se de ação de controle à procura de armas de uso exclusivo das forças armadas, que abasteceriam o crime organizado no Rio de Janeiro. Esperamos que seja para o bem da sociedade, como mencionou o apresentador do noticiário.

Essa ação está inserida no acordo entre governo do Estado e a União para combater o crime organizado, com o suporte das Forças Armadas. Segundo o Ministro da Defesa seria uma colaboração de “inteligência” para descobrir as origens das armas e os arsenais clandestinos. Se o crime organizado usa armas pesadas, de uso exclusivo das Forças Armadas, nada mais justo que elas cuidem dessa questão.  Mas precisariam elas de um acordo formal entre União e Estado para cumprir essas tarefas? Evidentemente que não. Basta o Ministro determinar que elas sejam executadas. Tudo indica, portanto, que o acordo vai mais além da questão do crime organizado e suas armas ilegais.

Tramita na Câmara de Deputados um pedido de autorização do Supremo Tribunal Federal para processar o Presidente, por crimes praticados no exercício do poder. Há uma grande movimentação do governo e de seus acólitos para evitar a aprovação da investigação, embora sejam necessários apenas 172 votos, um terço mais um, dos 513 deputados federais, para parar a investigação. Seria fácil para um governo que teve maioria para aprovar a Reformas  da CLT. Acontece que uma pesquisa de opinião da semana passada mostrou que 81% dos entrevistados é a favor da sua continuidade, e que apenas 5% apoiam seu governo. Esse dado nos indica a fragilidade do governo, não apenas na opinião pública, como no próprio Congresso Nacional, apesar das benesses concedidas a deputados e senadores por seu apoio.

A administração pública, nos Estados e na União, está caótica. Funcionário sem receber salários, entidades sem recursos para suas atividades, prédios caindo aos pedaços, pessoas morrendo na porta de hospitais por falta de assistência médica, a educação pública na maior precariedade, a infraestrutura de transportes deteriorada, quatorze milhões de desempregados e outro tanto de subempregados. A fome e a morte batem à porta de dezenas de milhões de brasileiros. Essa situação não é normal e nunca ocorreu no país tamanha calamidade. Por muito menos o povo foi para as ruas exigir providência do governo, ou para pedir seu fim. Foi isso que aconteceu nos impeachments de Collor e de Dilma. Não me cabe especular sobre o porquê de não ter havido algo parecido para a saída de Temer. São mistérios da política, ou falta de perspectiva sobre a sua substituição. Não há grande coisa a escolher para governar o País, onde os poderes Legislativo e Executivo caíram no descrédito pelos desmandos e pela corrupção, e os discursos políticos tornaram-se vazios, incapazes de apontar caminhos, e de mostrar à população as origens e as consequências desses desatinos que estão sendo praticados.

Nesse quadro, os governantes tentam de tudo para manterem-se no poder. Este pode escapar-lhes se o povo for à rua, como o fez em 2013, com reivindicações precisas e sem rótulos políticos. Eles não têm nem mesmo a segurança de ter a polícia para fazer o serviço sujo como fez naquela época. Os próprios policiais não confiam mais no governo federal nem no do Rio de Janeiro. Esse quadro talvez explique a mobilização das Forças Armadas para o dito “combate ao crime organizado”. O governo Temer busca na verdade desencorajar a população de usar o seu direito de protestar e, também de derrubar o governo. Por que não?

Há mais de trezentos anos o filósofo liberal inglês John Locke (1632-1704) admitia o direito do povo de derrubar os governos que não cumpram com sua obrigação de respeitar as leis, especialmente, quando enveredam no caminho dos desmandos e da prevaricação. Ele disse: (…)  tem-se o direito não somente de livrar-se da tirania, mas também de evitá-la.” Mais tarde, os Pais Fundadores dos Estados Unidos escreveram:

(…) Nós temos por evidentes por elas mesmas as verdades seguintes: todos os homens são iguais; eles são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis: entre esses direitos se encontram a vida, a liberdade e a procura da felicidade. Os governos são estabelecidos entre os homens para garantir esses direitos, e seu justo poder provém do consentimento dos governados. Todas as vezes que uma forma de governo ameace esse objetivo, o povo tem o direito de mudá-lo ou de aboli-lo, e estabelecer um novo governo, fundado sobre os princípios e organizado na forma que lhe parecerão os mais adequados para lhe oferecer a segurança e a felicidade […]

A grave crise que o Brasil atravessa está servindo de oportunidade para que um grupo de aventureiros a serviço de interesses externos ao país possa manipular de forma cínica as instituições, por meio de trapaças e da corrupção. Eles se consideram intocáveis, pois foram colocados lá pelo poder financeiro internacional. Desafiam o Poder Judiciário e aquele que é realmente o poder, o nosso povo, o cidadão brasileiro. Para tanto, agora se dão o direito de colocar as Forças Armadas cumprindo papel de polícia. Ultrapassaram todos os limites já conhecidos de um poder de impostores.

Há que fazer uma reflexão profunda sobre tudo isso. Especialmente aqueles, como eu, que conheceram as tramas que levaram à ditadura militar, e os atos lesivos dela, que até hoje refletem de forma negativa na nossa vida de pessoas e de Nação. Vamos falar apenas de dois casos, que são oportunos: o crime organizado, e a crise financeira da União. Todos os dois têm reflexos em toda a sociedade brasileira.

O crime organizado começou com a ditadura. Antes delas os bandidos eram individualistas. No máximo atuavam com alguns parceiros, sempre poucos, pois sua atividade podia ser considerada de subsistência. Nesse quadro ficaram famosos alguns destemidos, com Lúcio Flávio, no Rio e Sete Dedos em Minas Geias. Havia traficantes, mas a droga da época era a maconha. Seu consumidor era chamado “maconheiro”, uma expressão pejorativa. Os que traficavam não tinham armas pesadas. Eram oportunistas e usavam o subterfúgio. Nem chegavam a preocupar a sociedade.

Com a ditadura, os jovens que se rebelaram, tidos como “subversivos”. eram “torturados” e levados à prisão comum, onde se encontravam com os criminosos de todos os tipos. Os prisioneiros políticos eram respeitados. Não haviam praticado nenhum crime e haviam demonstrado destemor. Todos os bandidos queriam conversar com eles. Assim aprenderam a se organizar, pois a clandestinidade exige organização e disciplina. Depois de liberados, alguns desses criminosos transformaram-se em chefes de quadrilha poderosos. O mais conhecido do Rio foi o Escadinha. Mas isso não aconteceu apenas no Rio. Vê-se que, foi a política repressiva da ditadura que criou o crime organizado, que hoje domina o tráfego de drogas. Será a repressão o instrumento que irá destruí-lo?

A crise financeira começou com “o Brasil grande”. Investimento em massa com recursos externos que gerou a dívida externa, que depois, por obra e graça de Fernando Henrique Cardoso, se transformou na dívida pública, que financiou a ascensão desse governo de impostores. Sobre esse assunto já nos discorremos longamente. Para aqueles que têm interesse em conhecer mais sobre o assunto, recomendo buscar na internet o documentário “Dívida pública: soberania na corda bamba”.

Não há nenhuma política pública válida que possa justificar o uso das Forças Armadas no combate ao crime organizado no Rio de Janeiro. As funções delas são outras e muito mais nobres: defender a Soberania Nacional e as Instituições republicanas. Um governo sério as deixaria com seus deveres e as ajudaria a se prepararem para a Nobre Missão de defender o Brasil, quando esse tiver que tomar as medidas contra os espoliadores internacionais que estão abusando de todos nós. Usam-nos como instrumentos para satisfazer seus interesses mesquinhos. No caso do Brasil querem que nos tornemos uma grande zona industrial, sob seu controle, para concorrer com os produtos chineses. É um projeto tresloucado, mas que pode nos transformar em uma colônia e nossos trabalhadores em servos.

O objetivo de Temer, é usar as Forças Armadas contra o nosso povo. As experiências dessa natureza foram trágicas, e não foi apenas a da ditadura. Não há nada que justifique um conflito entre Forças Armadas e o povo. Elas foram constituídas para defender a Nação, e esta não existiria sem o povo que a construiu. Na República verdadeira todos do povo são cidadãos, origem de todo o poder do Estado Republicano. Sendo assim, a artimanha do Presidente é um golpe contra toda a Nação. A intenção é destruí-la. Transformá-la em uma colônia de novo tipo, sob a tutela do poder financeiro, cuja seja está na Wall Street, em Nova Iorque.

Chegou a hora de nós, povo brasileiro, acordarmos e passarmos a trabalhar em um projeto para a grande Nação que nós somos. Para isso nossa unidade é necessária, enquanto brasileiros. Esqueçamos a luta entre “coxinha” e “mortadela”, que nos desune e cria as condições ideais para sermos dominados. A humanidade nos agradecerá.

Rio de Janeiro, 01/8/2017.

 

 

 

 

 

 

 

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